sábado, 25 de julho de 2009

Bom, difícilmente escrevo no meu blog, costumo utilizar esse espaço para deixar alguma mensagem que gosto , enfim hoje senti vontade de comentar um fato que aconteceu comigo ontem. Em uma festinha infantil , levei um susto quando ouvi uma amiga que admiro muito usar uma palavra para se auto definir positivamente em relação a criação dos filhos, e a sensação que ficou foi de se sentir correta quanto a essa postura.
* a criança(seu filho menor) recebeu uma pipa já no final da festa, e veio em sua direção, eu muito brincalhona comentei assim: lá vem o pipeirinho todo sorridente, e a resposta veio como um balde de agua fria:
_Hum até parece que a mãe repressora vai deixar ele soltar essa pipa!
Confesso que não costumo julgar , mas essa foi demais pra mim ...As pessoas se auto analisam, definem seu modo de viver e esquecem que o mundo não gira em torno de nós mesmos, nem dos nossos filhos.Cada um é responsável pela criação da sua própria família, mas o que me assusta é a comparação disso tudo.
Diante disso a palavra opressora mencionada pela mãe da criança me deixou curiosa em saber , se é coloca como positividade nessa situção, já que a palavra "repressora" não é vista positivamente ao longo dos anos.
Resolvi pesquisar...

Em um blog li esse texto que me chamou atenção:

Para a maioria das pessoas, alcançar a autoconsciência significa conflito. Descobrem que, além de aprender a sentir, a experimentar e a querer, têm que lutar contra o que os impedem tal aprendizado. E percebem que estão atados pelos elos que os prendem aos pais, especialmente à mãe em nossa cultura.

Bom , eu peço desculpas pois não sou muito de escrever e certamente esse blog tem outras finalidades melhores, mas hoje resolvi desabafar...

O desenvolvimento de uma pessoa pode ser visto como um processo de diferenciação entre ela e o resto do mundo e um relacionamento com o seu semelhante em plano mais elevado. Já que o ser humano só realiza sua individualidade por meio de uma opção consciente e responsável, precisa tornar-se indivíduo tanto do ponto de vista físico como moral e psicológico.

O bebê torna-se fisicamente indivíduo quando o cordão umbilical é cortado ao nascer. Porém, se o cordão psicológico não for cortado no momento certo, essa pessoa permanecerá uma criança insegura e dependente dos pais. Essa pessoa provavelmente, mesmo “adulta” cronologicamente, tenderá diante a qualquer crise voltar para a “barra da saia da mãe”. Sendo que estar amarrado à mãe não é amá-la de verdade, é estar impedido de amar outras pessoas e de viver sua própria vida. A tendência a permanecer preso é, hoje, muito forte, porque a sociedade, demasiado alterada, deixou de ser “mãe” no sentido de dar apoio e acolher o indivíduo que, estão, tende a agarrar-se à mãe real. Nessa busca de se libertar dessas cadeias, muitas dificuldades são encontradas.

Sob o domínio de uma mãe repressora e exploradora, naturalmente a criança pode proteger-se por algum tempo procurando ser tão pequenina quanto possível, evitando, assim, os embates e as “flechadas de terrível fortuna”. Depois, o indivíduo pode tentar “erguer armas contra um mar de obstáculos” e lutar ativamente para conquistar sua liberdade de pessoa humana.

A luta por essa liberdade é ilustrada por um dos maiores dramas de todos os tempos, o de Orestes: Orestes foi exilado de Micenas, Grécia, pela mãe Clitemnestra, que foi amante de seu tio Egisto enquanto seu pai Agamenon estava em guerra contra Tróia. E quando Agamenon voltou a Micenas foi assassinado por Clitemnestra, que exilou o filho e manteve a filha Electra como serva. Com a maioridade, Orestes volta para matar a mãe. Depois de matá-la, fica louco e é perseguido pelo remorso. É julgado em Atenas, em que a deusa da sabedoria Atena o salva das punições.

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