sábado, 25 de julho de 2009

Mentalidade Repressora


Desde os primórdios, a repressão sempre esteve
presente sob as mais variadas formas imagináveis.
Dizer que ela acabará é utopia porque, onde houver
mais de uma cabeça pensante, haverá também a
necessidade de querer impor suas regras e teorias.
Porém, uma das piores repressões que pode haver,
é a mentalidade patriarcal arcaica e repressiva,
que subjuga e dita regras conforme seu bel prazer.

Não muito longe de cada um de nós, há mais
repressores que talvez possamos imaginar.
Diferentemente de séculos passados, onde era
uma exigência moral ser repressor, hoje eles
estão apenas camuflados pela modernidade, mas
estão aí, impedindo ações, controlando movimentos,
tiranizando, rejeitando e rechaçando atitudes,
posturas e idéias, condenando e humilhando.

A mentalidade machista e repressora dos dias atuais,
na grande maioria, é resultante de frustrações,
fazendo dela uma defesa para o “ego” poder
conviver e lidar com lembranças dolorosas.

A sexualidade, sensualidade e liberdade de
expressão são inimigas mortais do repressor.
Pois elas apenas podem ser fontes de prazer
para ele, enquanto que, o sexo oposto se ousar
fazer uso das mesmas, será atacado e censurado
sem limitações de toda ordem, difamando,
vigiando, acusando e, por vezes usando a força
para provar a sua ascendência sobre a mulher.

É sabido que traumas sexuais infantis/puberdade
e acúmulo de excitação somática tem papel decisivo
na repressão disciplinadora e fiscalizadora cultural,
impondo determinados comportamentos que
evidenciem a pureza e a submissão, abominando e
rechaçando a rebeldia e direito a defesa.

A mentalidade (machista) repressora é autoritária
e não aceita que o sexo oposto exprima emoções
mais profundas, tentando coibir e ceifar a coragem
de seguir conforme seu próprio entendimento.

A mentalidade (machista) repressora quando
bate de frente com uma mulher que não deixa
subjugar-se, considera-a uma mulher depravada
e alienada que se comporta de maneira irracional,
recusando-se a aceitar a realidade. A dele é óbvio.

A mentalidade repressora não sabe conviver com o
espírito livre, muito menos com quem desestabilize
a ordem natural das coisas alicerçada na concepção
dos valores do repressor.

A mentalidade repressora exige uma fêmea
domesticada, que não ouse quebrar regras.
Exige o descarte do “poder” que venha a frustrar
as expectativas culturais ou, que possam mudar as
coisas transgredindo tradições estereotipadas.

A mentalidade repressora é fundamentalista.
Opõe-se aquele que escolhe agir livremente,
que tem coragem de fazer e falar o que os outros
tem vergonha ou recalque. Demonstrando
totalmente as suas emoções, liberando a feminilidade
e sensualidade sem pudor ou falso recato.

A mentalidade repressora considera a fêmea uma
criatura inferior que não sabe o que diz e deve ser
excomungada pelo seu comportamento sexual.

(Lélia-LMSPP)

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