quarta-feira, 8 de abril de 2009

Eternidade

Vem, não tardes,
Que minha hora é pouca.
Traz-me teus braços
Em manso abraço,
Toma-me o rosto entre as mãos.
Toca-me o coração cansado
E o acalenta com teu sorriso.
Esquece as palavras gastas
De outras velhas histórias.
Não são garantia de nada.
Dá-me somente teu olhar
E deixa-me ler em teus olhos
A ternura que eu mesma invento.
Dá-me a alegria pura
De tua simples presença,
No incerto tempo que já me foge.
Basta-me um gesto,
Um sorriso, um olhar,
Sem nenhum acordo
Ou qualquer promessa.
Mas vem, não tardes.
E permanece apenas
Para que eu tenha nesses instantes,
De sobrevida, a eternidade...
.
(Helena)

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